quinta-feira, 30 de junho de 2011

Blogs e a Educação

Por Rafael Vaz l Publicado em Educação e Comportamento l 12 de Outubro de 2009
Navegando por alguns sites, encontrei uma excelente matéria sobre a utilização de blogs na educação, sobretudo, por professores. No texto, a professora Diana Maria Farias Pessoa, explica o quão benéfico pode ser para um professor aderir a um blog, podendo através dele não apenas educar, mas interagir ainda mais com seus alunos. Acompanhe abaixo:
Os blogs educacionais e suas inúmeras possibilidades
06/10/2009
Por Paulo Andrade, da Ascom/UFPE
Com uma iniciativa inovadora na área educacional, a professora Diana Maria Farias Pessoa, mestre em Educação pela UFPE, pesquisou o uso dos blogs no contexto da educação e concluiu que o uso dessa ferramenta é mínimo, principalmente em Pernambuco. Com o trabalho “Blogs Educacionais: uma caracterização a partir da Etnografia Virtual”, a educadora se propôs a analisar a convivência dos conhecimentos em Educação e em Informática, atualmente essenciais em nossa sociedade.
Diana, que tem graduação em Análise de Sistemas, especialização em Informática educacional, além de ensinar em instituições privadas de ensino superior em Pernambuco, defende em seu trabalho que “não há diálogo entres essas conhecimentos, pois, geralmente, o pessoal de informática só sabe de informática e o de educação, a mesma coisa”, atesta. A professora identificou, ainda, a dificuldade encontrada na pesquisa, pois, devido ao seu pioneirismo, quase não existe bibliografia sobre o tema.
O primeiro passo da pesquisa consistiu em dar uma classificação geral aos tipos de blogs existentes em quatro grandes grupos que são os blogs informativos; interativos/educativos; escolares/educacionais e diversos. A partir daí a professora definiu sua pesquisa em blogs voltados para educação pesquisando os blogs que entravam nessa caracterização. As possibilidades educacionais encontradas nesses blogs foram infinitas.
Na pesquisa, a professora enumerou aproximadamente onze fatores que tendem a trazer melhorias positivas para o ensino e aprendizagem, dentre eles a aproximação entre os alunos e os professores que trocam experiências em um plano mais descontraído. Segundo Diana, o professor pode, também, estabelecer elos mais fortes com seus alunos através dos blogs vinculando-os ao MSN, por exemplo. A maior aproximação pode fazer com que o professor conheça quais assuntos mais interessam seus alunos.
Outro ponto importante destacado no trabalho é a ponte que pode se estabelecer entre os próprios professores na troca de experiências de práticas pedagógicas. Professores de culturas totalmente diferentes podem interagir e selecionar o que podem trazer de bom para suas próprias práticas pedagógicas. E mais: a publicação dos chamados web fólios que são a divulgação dos trabalhos e pesquisas dos professores e dos próprios alunos nos blogs geram discussões em torno do tema. Enriquecendo os dois lados.
APLICAÇÕES – As aplicações pedagógicas são inúmeras desde publicar simples tarefas digitalizadas que só irá mudar o meio onde vai ser colocado, antes caderno agora blog, até atividades que provoquem o aluno a criar, escrever textos, fazer produções dos mais diversos formatos. Com uma diferença importante verificada durante a pesquisa: quando os alunos sabem que seu trabalho ou sua pesquisa irá ser vista por um público maior eles capricham muito mais no trabalho. É um incentivo a mais.
Existem vários usuários de blogs educacionais. Há aqueles, por exemplo, que caem de “paraquedas”, entrando neles aleatoriamente, e existem os próprios alunos, mas existe uma característica importante em relação a eles: quando os alunos se sentem obrigados a entrar nos blogs só o fazem porque são incitados e isto torna a atividade não prazerosa. O que instiga ao aluno a participar é o caráter de pessoalidade. O blog pode quebrar a coisa da hierarquia que existe na sala de aula. A pessoa pode se dirigir ao professor sem muito protocolo e vice-versa, como constatou a professora Diana em sua pesquisa. Outro importante ponto é a necessidade de atualização constante dos conteúdos para despertar o interesse dos alunos. Isto faz com que o blog fique movimentado.
INTERATIVIDADE – A professora pesquisou os tipos de interatividade em torno dos ambientes virtuais criados para a educação, ou seja, criados com a finalidade de construir sites de educação. Só existiam categorizados os tipos de interatividade baseados nesse ambiente. Contudo, o blog não foi criado no contexto educacional. Não tinha esse objetivo. Por isso a professora criou outras categorias que são muitas como, por exemplo, aluno/conteúdo; visitante/professor; escola/escola. Os blogs inicialmente eram relatórios publicados na internet e começou a ser usado para diferentes fins por conta da facilidade de uso. Não precisa entender de linguagem de programação ou de HTML para se fazer um blog. Daí a característica da interatividade nos blogs ser um processo muito mais rápido que em um site convencional. Tem a possibilidade da publicação instantânea. Antigamente os sites tinham um link “fale conosco” e quem sabe um dia você teria uma resposta. A resposta instantânea e um fator fundamental para promover a interatividade nos blogs.
PROFESSORES – Muitos professores têm uma dificuldade muito grande em utilizar o blog. Eles têm uma resistência enorme. “Quando se fala em blog nas salas dos professores, muitos torcem a rosto e dizem que blog é diário de adolescente na internet ou blog é um site de algum jornalista que não tem coragem de dizer o que pensa na verdade. Não se vê o blog como uma possibilidade de ampliação, como quebra das barreiras em sala de aula. Muitos professores ainda não conseguem ver isso” como destacou a professora Diana. Porém, às vezes essa repulsa por blogs é na verdade conseqüência da falta de intimidade dos professores com o computador. Existe ainda hoje professor sem email relata a autora da pesquisa.
Ainda hoje, nas universidades a professora não observou esse enfoque de ensinar a utilizar as tecnologias no processo educacional nos professores que estão sendo formados em educação. Não existe essa preocupação em aproximar da informática os professores que irão dar aula no futuro, pondera a professora. A professora expôs que este acréscimo da informática na educação não substituiria a pedagogia tradicional, mas ao contrario, apenas acrescentaria novas possibilidades à mesma.
A professora aconselha aos professores que querem entrar nesse mundo dos blogs procurarem outros professores que utilizam blogs em suas práticas pedagógicas. Porem, isso teria que partir do interesse do próprio professor. Outra dica é que o professor deve se desfazer do academicismo e tentar estabelecer uma linguagem que o aluno fale. Isso vai fazer com que o aluno visite aquele blog. Se o professor estabelecer uma linguagem acadêmica ele vai estabelecer contato com outros professores que estão no mesmo patamar. Porém, o principal problema encontrado na utilização dos blogs é a falta de tempo disponível dos professores para atualizar. O blog pede a dinamicidade. Por isso é importante organizar-se em metas de atualização para manter o blog dinâmico.
O governo poderia tentar alguma iniciativa de obrigar a cada escola ter um blog, seu web folio, os seus projetos e atividades publicados on-line. Isto incentivaria de uma forma imensa o uso dessa ferramenta. Se fosse feito um laboratório de como usar esses blogs com os professores acho que isso funcionaria. Porque existem outras iniciativas. Os professores receberam notebook, receberam incentivos pra comprar computadores, receberam incentivos pra uma série de coisas, mas e o incentivo para o uso em si das ferramentas e das potencialidades que a web 2.0 pode trazer? Argumenta a professora Diana.
Já que existe a falta de treinamento especifico para usos dos blogs a professora destaca a iniciativa de um professor do Rio de Janeiro que criou um curso no próprio blog de como um professor pode utilizar blogs para o ensino.
PERNAMBUCO – Estabelecendo uma escala de um a dez como parâmetro de comparação em relação ao Brasil. Pernambuco tem nota três em relação ao uso dos blogs no contexto educacional. Não existe um mapeamento de quantos blogs existem em Pernambuco, Bahia ou São Paulo por exemplo. Se uma pessoa cria um blog e nunca mais usa, ele fica no ar. É o que se denomina lixo eletrônico. Não é justo comparar esses blogs com os blogs que são todos os dias atualizados. Então foram pesquisados blogs que são realmente usados e em Pernambuco esse uso foi mínimo.
Não foi encontrado nenhum blog de escola pública em Pernambuco. Realidade muito diferente das escolas publica do sul e sudeste que têm blogs que são premiados anualmente em concursos por causas das atividades que disponibilizam em seus blogs. A professora observou ainda que não há nenhuma diferença entre blogs de escolas públicas e privadas.
Em Pernambuco também foi constatado que os pais não interagem nos blogs. Já em escolas em outras localidades como o sul os pais faziam questão de interagir no blog colocando comentários, elogiando professores, elogiando determinados projetos da escola. Da mesma forma havia a iniciativa das escolas de quererem ouvir a opinião dos pais e postar elas nos blogs.
ENSINO SUPERIOR – Existe uma diferença básica entre os blogs de instituições de ensino superior e de segundo grau. Os blogs de instituições de ensino superior têm um formato mais acadêmico. Servem, por exemplo, para divulgar estágios ou assuntos pertinentes aos cursos. Não existe um espaço de discussão.

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Confiram o link para baixar livros: http://www.culturaacademica.com.br/
Sugestão de Sabrina ( Graduanda em Pedagogia UFBa) muito legal!!
rs rs visitem 
bjoks!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

CONFIRAM TAMBÉM AS POSTAGENS ANTIGAS

Olá pessoal!
Confiram também as postagens antigas do blog que fica no final da página principal pois,  tem muitos assuntos interessantes que falam sobre a Educação.
Dêem sugestões e também postem comentários!


Bjoks!


PAS.Lima.
Patrícia Ariane.

PLANO DE ESTÁGIO 2 ATUALIZADO


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO II
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

PATRÍCIA ARIANE SOUZA LIMA




PLANO DE ESTÁGIO






Salvador
2011


PATRÍCIA ARIANE SOUZA LIMA






PLANO DE ESTÁGIO







Plano de Estágio apresentado ao Curso de Pedagogia da UFBA, como requisito parcial para avaliação da Disciplina, EDCB 94 – Estágio II Turma 01, ministrada pela Professora Alessandra Assis.






Salvador
   2011



UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA EDC B94 ESTÁGIO 2
PROFESSORA: ALESSANDRA ASSIS
ALUNA: PATRÍCIA ARIANE S. LIMA
TURMA 01

PLANO DE ESTÁGIO

1.       IDENTIFICAÇÃO

O curso de Pedagogia aplica-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na Modalidade Normal, na Educação Profissional, na área de serviços e apoio escolar, em áreas que estejam previsto conhecimentos pedagógicos.
A docência consiste a princípio em trabalhar com informações e habilidades
compostas por pluralidade de conhecimentos teóricos e práticos, que resultará na consolidação
proporcionada pelo exercício da profissão, fundamentando-se em interdisciplinaridade,
contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética, sensibilidade afetiva
e estética. Esse processo deverá constituir-se em múltiplos olhares, em embasamento teórico-científico, relacionados à vida cotidiana, a cultura, a arte, leitura e entendimento das relações sociais, étnico-raciais, políticas, econômicas, além do próprio processo educativo.
O curso de pedagogia propicia à docência, a participação da gestão, avaliação de sistemas e instituições de ensino em geral, a elaboração, a execução, o acompanhamento de programas e as atividades educativas, de acordo com os princípios legais e constitucionais de forma a buscar sua qualificação continuada.
Os princípios que fundamentam o exercício dessa profissão se encontram basicamente em espaços escolares, ou não-escolares, compreendendo a ação educativa e o processo pedagógico, bem como, suas relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e objetivos da Pedagogia. Significa dizer, portanto que a Pedagogia seus objetivos e princípios devem levar em conta, a realidade histórica, confluente mente com conhecimentos acerca de diferentes tradições culturais e das ciências, além de valores, posturas éticas, manifestações laborais, estéticas e lúdicas.
                A formação do licenciado em Pedagogia tem como base a Docência que permite a atuação na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental e em disciplinas pedagógicas dos cursos de nível médio, na modalidade Normal e de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, em disciplinas pedagógicas que estejam previstas, o planejamento, a execução, avaliação de programas e projetos pedagógicos em sistemas e unidades de ensino, e também em ambientes não-escolares.
O Pedagogo desenvolverá aptidões tais como:
- Compreender, cuidar e educar de forma a contribuir para o desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social de seus alunos de forma ética;
- Trabalhar para promover a aprendizagem em diferentes fases do desenvolvimento humano;
- Respeitar as manifestações e necessidades individuais e coletivas dos educandos;
- Aplicar modos de ensinar diferentes linguagens de forma interdisciplinar de acordo com o desenvolvimento cognitivo e faixa etária dos alunos;
- Promover e facilitar relações entre instituições escolares, comunidade  e família;
- Ter uma postura investigativa, entendendo a realidade como uma complexidade;
-Respeito às diferenças;
- Estudar e utilizar seus conhecimentos pedagógicos e científicos.
Conforme proposta da professora da Disciplina EDCB94 de Estágio II, a Escola Municipal Allan Kardec da Graça foi escolhida para que possa estagiar fazendo análises com interações na sala de aula com a professora da turma de forma a compreender sua didática e sua proposta pedagógica. A escola fica situada na Avenida Euclides da Cunha, Nº119, no Bairro Graça, Salvador-Bahia. O estágio que vou realizar será no 1º ano do Ensino fundamental, mas a escola além dos ciclos oferece turmas até o 5º ano.

2.       OBJETIVOS

·         Objetivo conhecer através de análises, observações, experiências;
·         Compreender a princípio a didática da escola;
·         Como é abordada a prática pedagógica;
·         O papel fundamental que possui o professor na sala de aula e como mediador do processo ensino-aprendizagem;
·         Qual a importância que os alunos atribuem à escola;
·         Contribuir de forma significativa para que o período de experiência no estágio traga resultados expressivos para ambos os lados, no que diz respeito principalmente ao processo de ensino-aprendizagem.

3.       JUSTIFICATIVAS

A experiência do estágio é muito importante, pois, podemos vivenciar na prática todas as questões e aspectos que envolvem a Educação. Dessa forma é essencial também termos a escola como eixo de reflexão, no sentido de compreender seu contexto, além de relacionar os fundamentos teóricos abordados na Faculdade de Educação e na disciplina que temos de Estágio 2 com a prática vivenciada nessa escola. Sobretudo pretende-se que com o período de estagio, que façamos da escola um campo de investigação e ação, com o intuito maior de aproveitamento desse período, como parte fundamental da formação de pedagogos comprometidos com a construção e mediação de saberes, entendendo que esses implicam questões políticas, sociais, culturais, econômicos, locais e globais e, propriamente educacionais, e que esses intervêm ou perpassam também no processo de exercício da cidadania.

4.       FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Quanto aos fundamentos teóricos são essenciais para que possamos ter um embasamento conceitual, com o intuito de aplicá-las ou de percebermos e fazermos relações com a prática pedagógica. Então acredito ser necessário fazer abordagens de autores, educadores, teóricos como Freire que em seu livro O ato de ler aborda a questão de levar e agregar aos conteúdos a “visão de mundo”, ou seja, relacionar o cotidiano, as experiências vividas pelo aluno, o local no qual está inserido com conteúdos escolares.
 A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) 9.394/96, essa lei estabelece as diretrizes e bases da educação nacional antes com a duração de oito anos (atualmente de nove anos com a Lei 11.274/06), o ensino fundamental de acordo com o Artigo 32 da seção III da LDB, é obrigatório e gratuito na escola pública e objetiva formar cidadãos, mediante:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
§ 1o É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos.
§ 2o Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino.
§ 3o O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
§ 4o O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizada como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.
O artigo 33 da seção III da LDB também cita que o ensino religioso deve incumbir-se como parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
§ 1o Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores.
§ 2o Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
E quanto à carga horária na LDB também Seção III artigo 34:
A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola.
§ 1o São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de organização autorizadas nesta lei.
§ 2o O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino.
Vale ressalvar também, que atualmente os sistemas de ensino já obedecem e implantaram o ensino fundamental de nove anos, de acordo com a Lei nº 11.274/06, se adequando desde 2009. Essa lei enfatiza a ampliação do ensino fundamental obrigatório para nove anos de duração, no qual as crianças iniciam-se no período letivo com pelo menos seis anos de idade no ensino obrigatório, de forma a garantir-lhes vagas e infra-estrutura adequada. Essa lei tem por finalidade subsidiar gestores municipais e estaduais, conselhos de educação, comunidade escolar, instituições e demais órgãos. Os principais objetivos dessa lei são:
·         Melhorar as condições de igualdade e qualidade da educação Básica;
·         Estruturar um novo ensino fundamental para que as crianças prossigam seus estudos, alcançando maior nível de escolaridade;
·         Assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças tenham um tempo mais longo para as aprendizagens da alfabetização e letramento.

Como embasamento teórico também é importante conhecermos os Amparos Legais que envolvem a Educação, os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), que são instrumentos pedagógicos de suma importância para planejamento das aulas, para elaboração de projetos ou oficinas, para análises dos materiais utilizados em sala e na própria reflexão da prática pedagógica. O Currículo também tem o papel de identificar e de situar à escola. Implica questões políticas, de poder, cultura, social, econômica, histórica e ideologia, além de nortear e organizar as instituições escolares.


5.       AÇÕES

As ações que pretendo desenvolver na escola estarão mais relacionadas ao incentivo da leitura, escrita, gramática e interpretação, tendo como base enfatizar ou destacar que as ações de intervenção seguirão o planejamento, da disponibilidade do professor e da escola, levando em conta o desenvolvimento cognitivo e a faixa etária da turma.
Quanto ao cronograma principalmente em relação às intervenções e das atividades para desenvolver com os alunos irá depender da disponibilidade na escola. Os dias que ficaram acordados para ir à escola foram as segundas e terças-feiras pelo turno da tarde, esses somente sofrerão alterações caso haja real necessidade. A soma da carga horária será no total de 60 horas.
As ações então serão desenvolvidas do dia 04 de abril a 06 de junho



Mês de Abril



04/04/2011
05/04/2011
11/04/2011
13/04/2011
15/04/2011
19/04/2011
20/04/2011


Apresentação dos documentos na escola.
Conhecer a turma, analisar a estrutura geral da escola, o aspecto físico.
Analisar na turma os aspectos pedagógicos, ou seja, como a professora conduz a aula, os assuntos e conteúdos abordados.
Continuação da análise dos aspectos pedagógicos e observar como é a relação entre professor-aluno.
Produção das oficinas.
Analisar os aspectos pedagógicos juntamente com o Plano Pedagógico da Escola, comparando e relacionando ao Amparo Legal.
E continuar realizando a análise do PPP juntamente com o Amparo Legal, o que diz as Leis, a Constituição Federal e outros em relação à Educação.


    




Mês de Maio

02/05/2011
09/05/2011
12/05/2011
13/05/2011
16/05/2011
17/05/2011
19/05/2011
20/05/2011
23/05/2011
26/05/2011




Continuam as intervenções e as análises.
Intervenções necessárias com o auxílio do professor e de realizações de atividades que a princípio está baseada no incentivo a leitura ou de atividades que supram algum tipo de necessidade que possa perceber em consenso com o planejamento escolar ou do que propor a turma e a professora.



Mês de Junho

04/06/2011
06/06/2011

Mês de conclusão do relatório.
E um dia no cronograma de visita a escola será reservada um dia desse mês, para eventuais imprevistos.



6.       RESULTADOS

Os resultados serão apresentados com a concretização dos meus objetivos, ou seja, do que está especificado nas Ações (no item anterior como mostra o quadro acima), que pretendo desenvolver na escola. A concretização do relatório e das atividades que envolvem a disciplina EDC B94 Estágio 2 e a própria experiência do estágio que é muito significativa para a minha formação como Pedagoga.

7.       REFERÊNCIAS
·         Ministério da educação, Secretaria de educação básica, diretoria de concepções e orientações curriculares para educação básica, Coordenação-geral do ensino fundamental. Ensino Fundamental de Nove anos: Passo a passo do processo de implantação. Brasília. 2009.

·         FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler em três artigos que se completam. Coleção 4 Polêmicas do nosso tempo. 23ª edição. Editora Cortez. Editora Autores associados. SP: 1989.

·         Universidade Federal de santa Maria. Centro de Educação. Revista do programa de pós-graduação em Educação. Volume 1, nº 1. Santa Maria: UFESM, CE. 1999.

·         Projeto Político Pedagógico da Escola Allan Kardec da Graça.

·         CARNEIRO, Moaci Alves. LDB Fácil: Leitura crítico-compreensiva: artigo a artigo. 15ª edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

·         MOREIRA, Flávio Antônio e SILVA Tomaz Tadeu. Currículo, Cultura e Sociedade. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 1999.


terça-feira, 28 de junho de 2011

Governo cria novas regras para verbas na educação


Quarta-feira, 29 de Junho de 2011

O governo federal criou novas regras para uso de dinheiro na saúde e na educação, segundo decreto publicado no “Diário Oficial da União” de terça-feira (28). De acordo com o texto, os recursos deverão ser depositados e mantidos em conta específica aberta para este fim em instituições financeiras oficiais federais.
Segundo o G1, a movimentação dos recursos terá de ser feita exclusivamente por meio eletrônico, por crédito em conta corrente de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços identificados.
De acordo com o texto, só em casos excepcionais e justificados poderão ser realizados saques para pagamento em dinheiro a pessoas físicas que não possuam conta bancária ou saques para atender a despesas de “pequeno vulto”. Nos dois casos, o saque terá de ser feito de forma que permita identificar o beneficiário final. O pagamento deverá constar da prestação de contas.
Disponível em: http://www.nota10.com.br/noticia-detalhe/3388_Governo-cria-novas-regras-para-verbas-na-educacao
Visto em 29 06 11. Nota dez.

Trajetória da Educação de jovens e adultos - Ivonete Maciel Sacramento dos Santos*

Resumo

Este artigo apresenta a trajetória da educação de jovens e adultos no Brasil estabelecendo relações com os diversos contextos históricos a partir das políticas públicas implementadas desde a Colônia até os dias atuais e identificando os mecanismos de acesso, permanência ou exclusão nessa modalidade de ensino no que diz respeito à educação formal. A análise efetuada mostra que a educação de jovens e adultos no Brasil tem caráter discriminatório e assistencialista, e aponta o que está sendo feito para promover a inclusão dos indivíduos que nela estão inseridos.
Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos - Inclusão
A visão do analfabeto como um indivíduo alienado, incapaz, ignorante, à margem das decisões da sociedade e do poder construída ao longo da nossa história, continua influenciando a maneira pela qual os poderes públicos tratam a questão da educação de jovens e adultos, sua inclusão na sociedade e inserção no mundo do trabalho. São várias investidas em campanhas e programas que não tiveram êxito pelo seu caráter emergencial, e na maioria das vezes assistencialista.
Este texto pretende percorrer a trajetória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil do Período Colonial aos nossos dias, analisando as ações do poder público para com esta modalidade de ensino.
*Pedagoga, Psicopedagoga, Técnica da Coordenação de Ensino Médio da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Concluinte do Curso de Especialização – CEPROEJA - Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia – net.escola@hotmail.com
A educação de jovens e adultos
A educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil (...) é marcada pela descontinuidade e por tênues políticas públicas, insuficientes para dar conta da demanda potencial e do cumprimento do direito, nos termos estabelecidos pela Constituição Federal de 1988. Essas políticas são, muitas vezes, resultantes de iniciativas individuais ou de grupos isolados, especialmente no âmbito da alfabetização, que se somam às iniciativas do Estado. (Documento base PROEJA-2005)
Nos períodos de Colônia e Império, os jesuítas dominaram a educação, com a intenção de difundir o catolicismo e dar educação à elite colonizadora, a quem se oferecia uma educação humanística. Esse domínio compactuava com os interesses do regime político que visava à manutenção da ordem. Na Europa, com o crescente movimento da Reforma, paralelo às idéias modernas inspiradas no Iluminismo, a Companhia de Jesus tratou de afastar as atividades criadoras presentes naquele continente e, transmitia, em seus ensinamentos no Brasil, os severos dogmas católicos, o que possibilitou a destruição de culturas inteiras.
Pode-se afirmar que, desde a chegada dos portugueses ao Brasil, o ensino do ler e escrever aos adultos indígenas, ao lado da catequese constituiu-se de uma ação prioritária no interior do processo de colonização. Embora os jesuítas (...) priorizassem a sua ação junto às crianças, os indígenas adultos foram também submetidos a uma intensa açãocultural e educacional. (Stephanou, 2005a).
Os filhos dos colonos e os mestiços também recebiam instruções dos jesuítas, através dos subprodutos das escolas de ordenação criadas pelo Padre Manoel da Nóbrega. No séc. XVIII, os jesuítas contavam com 17 colégios e seminários, 25 residências e 36 missões, além dos seminários menores e das escolas de alfabetização presentes em quase todo o território.
Os colégios de formação religiosa abrigavam os filhos da elite; freqüentavam também os que não queriam se tornar padres, mas que não tinham outra opção a não ser seguir as orientações jesuíticas, que evoluíram para o plano de estudos da Companhia de Jesus, que articulava um curso básico de Humanidades com um de Filosofia seguido por um de Teologia, que, a depender dos recursos, culminava com uma viagem de finalização à Europa.
Segundo Stephanou (2005b), posteriormente, os jesuítas, assim como os membros de outras ordens religiosas, também catequizaram e instruíram escravos. Essas experiências, no entanto, foram menos estudadas e pouco se sabe sobre as práticas desenvolvidas junto a esses sujeitos. Por outro lado, poucas parecem ter sido as experiências educacionais realizadas com mulheres adultas. Poucas sabiam, ao final do período colonial, ler e escrever
A expulsão dos jesuítas e as reformas feitas Pelo Marquês de Pombal, não puseram fim à influência jesuítica no setor educacional, visto que os novos mestres-escola e os preceptores da aristocracia rural foram formados pelos jesuítas; e os mestres leigos das aulas e escolas régias se mostraram incapazes de incorporar a modernidade que norteava a iniciativa pombalina. O processo de substituição dos educadores jesuítas durou treze anos, período em que a uniformidade de sua ação pedagógica foi substituída pela diversidade das disciplinas isoladas. De algum modo, a saída dos jesuítas estabeleceu o ensino público no Brasil.
O Estado passou a controlar financeira ideologicamente a educação, com recursos do Subsídio Literário, porém, teve que conviver com a perpetuação das características da educação colonial jesuítica, já que os novos mestres-escola e os preceptores da aristocracia rural haviam sido formados por jesuítas, e os mestres leigos das aulas e escolas régias não conseguiram acompanhar a modernidade que norteava a iniciativa pombalina.
Stephanou (2005c), relata que período que se segue à expulsão dos jesuítas parece não ter conhecido experiências sistemáticas e significativas em relação à alfabetização de adultos. A ênfase pombalina estava no ensino secundário, organizado através do sistema de aulas régias.
Tanto no período jesuítico como no pombalino, a maioria da população não tem acesso à educação formal. O panorama educacional começou a mudar positivamente com a chegada da Corte Portuguesa, em 1808. Objetivando atender as expectativas de um governo imperial, foram criados vários cursos, tanto profissionalizantes em nível médio como em nível superior, bem como militares. Implantou-se o ensino superior – Curso de Cirurgia na Bahia e o Curso de Cirurgia e Anatomia no Rio de Janeiro (1808) e, mais tarde, o Curso de Medicina no Rio de Janeiro.
Estruturado em três níveis: primário – "escola de ler e escrever" -; secundário – "aulas régias" com o acréscimo de novas "cadeiras" – e superior, o ensino no Império era privilégio da elite política. As chamadas "camadas inferiores da sociedade" continuavam alijadas do processo educacional formal. Num país de 14 milhões de habitantes, com cerca de 85% de analfabetos, as iniciativas realizadas no interior do sistema formal eram inferiores, em números, às experiências domésticas e não-formais. "No caso dos adultos, pareciam se multiplicar, sobretudo no espaço urbano" (Stephanou, 2005d).
Por muitos séculos, o ensino no Brasil só se constitui objeto de atenção em seus decretos e leis. A Constituição de 1824, por exemplo, em seu tópico específico para a educação, inspirava um sistema nacional de educação, o que na prática tal fato não se efetivou. O método mútuo, adotado pela lei de outubro de 1827, refletia a desarmonia entre as necessidades educacionais e os objetivos propostos. Nele atuavam pessoas despreparadas revelando a insuficiência de professores, de escolas e de uma organização mínima para a educação nacional.
Durante todo o período imperial houve diversas discussões nas assembléias provinciais, acerca do modo como se dariam os processos de inserção das denominadas "classes inferiores" da sociedade nos processos formais de instrução.
O Ato Adicional de 1834 delegou a responsabilidade da educação básica às Províncias e reservou ao governo imperial os direitos sobre a educação das elites (no Rio de Janeiro e a educação de nível superior). Nessa estrutura, a exceção ficou com o Colégio Pedro II; este, sob a responsabilidade do poder central, deveria servir de modelo às escolas provinciais.
Grande parte das províncias formulou políticas de instrução para jovens e adultos. O documento da Instrução Pública do período faz várias alusões a aulas noturnas ou aulas para adultos em várias delas, a exemplo do Regimento das Escolas de Instrucção Primária em Pernambuco, 1885, que traz com detalhes a prescrições para o funcionamento das escolas destinadas a receber alunos maiores de quinze anos.
O ensino para adultos poderia ser ministrado pelos professores que se dispusessem a dar aulas noturnas de graça, fazendo parecer que este era uma missão; foi criada uma espécie de rede filantrópica das elites para a "regeneração" do povo. Pretendia-se, através da educação, civilizar as camadas populares, vistas como perigosas e degeneradas.
A Lei Saraiva, de 1881, que determinava eleições diretas, foi a primeira a colocar impedimentos, ao lado de outras restrições, como a de renda, aos votos dos analfabetos, reforçando a concepção do analfabeto como ignorante e incapaz.
Para José Honório Rodrigues (1965, apud Stephanou, 2005e), até o final do Império não se havia colocado em dúvida a capacidade do analfabeto, já que era essa a condição da maioria da população, inclusive das elites rurais. A partir desse momento começaram a circular discursos identificando o analfabeto à dependência e incompetência para justificar o veto ao voto do analfabeto.
As mobilizações da sociedade em torno da alfabetização de adultos foram abundantes nas primeiras décadas do século XX, em grande parte, geradas pela vergonha dos intelectuais, com o censo de 1890, que constatou que 80% da população brasileira era analfabeta.Surgiram as "ligas", que se organizaram no interior, a exemplo da Liga Brasileira Contra o analfabetismo, em 1915, no Rio de Janeiro.
Entre as várias mobilizações, surgiu o método de desanalfabetização, desenvolvido por Abner de Brito, que propunha alfabetizar em sete lições. Havia uma disposição de vários segmentos da sociedade de mudar o quadro "vergonhoso", visando a estabilidade da república. Todo o empenho para alfabetizar os adultos não evitou as críticas, como a de Carneiro Leão, que considerava a alfabetização uma arma perigosa, que poderia aumentar o que ele considerava anarquia social.
Paschoal Leme fez a primeira tentativa oficial de organizar o ensino Supletivo nas décadas de 30 e 40, ao mesmo tempo em que surgiram experiências extra-oficiais na alfabetização de adultos, como o uso da Literatura de Cordel e a carta de ABC.
A primeira Lei Orgânica do Ensino Primário (1946) trata da construção de material pedagógico apropriado, guia de leitura e alfabetização. O apelo para o engajamento voluntário e a falta de acúmulo de experiências que dessem suporte às ações governamentais, contribuíram para que a campanha não obtivesse êxito.
Os movimentos de educação e cultura popular nas décadas de 50 e 60, em sua grande maioria foram inspirados em Paulo Freire, utilizando seu método, que propunha uma educação dialógica que valorizasse a cultura popular e a utilização de temas geradores. Esses movimentos procuravam a conscientização, participação e transformação social, por entenderem que o analfabetismo é gerado por uma sociedade injusta e não igualitária.
E 1963, Paulo Freire integrou o grupo para a elaboração do Plano Nacional de Alfabetização junto ao Ministério da Educação, processo interrompido pelo Golpe Militar, que reduziu a alfabetização ao processo de aprender a desenhar o nome. O Governo importou um modelo de alfabetização de adultos dos Estados Unidos, de caráter evangélico: a Cruzada ABC.
Com um conteúdo acrítico e material padronizado, além de não garantir a continuidade dos estudos, o Mobral– Movimento Brasileiro de Alfabetização - criado em 1967, foi mais um programa que fracassou.
Em 1985, na Nova República, nasceu a Fundação Educar, com o objetivo de acompanhar e supervisionar as instituições e secretarias que recebiam recursos para executar seus programas. Foi extinta em 1990, quando ocorreu um período de omissão do governo federal em relação às políticas de alfabetização de jovens e adultos. Contraditoriamente, a Constituição de 1988 estendeu o direito à educação para jovens e adultos.
"a educação é direito de todos e dever do Estado e da família..." (Artigo 205) e ainda, ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive sua oferta garantida para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. (Constituição Federal de 1988 - Artigo 208).
Em consonância com a Constituição, a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece que "O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de ensino, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria". (Artigo 4)
No seu artigo 37, refere-se à educação de jovens e adultos determinando que "A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria". No inciso 1º, deixa clara a intenção de assegurar educação gratuita e de qualidade a esse segmento da população, respeitando a diversidade que nele se apresenta.
Em 1996 foi lançado o PAS - Programa de Alfabetização Solidária - polêmico por utilizar práticas superadas, como o assistencialismo. Em 1998, com o objetivo de atender às populações nas áreas de assentamento, foi fundado o Pronera - Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - e, em 2003, o governo Lula lançou o programa Brasil Alfabetizado, que dá ênfase ao voluntariado, apostando na mobilização da sociedade para resolver o problema do analfabetismo.
Observamos claramente que as políticas para o combate ao analfabetismo e a educação de jovens e adultos, em plenos anos 90, ainda se valem de ações que nos passado levaram ao fracasso os programas implantados.
O desafio imposto para a EJA na atualidade se constitui em reconhecer o direito do jovem/adulto de ser sujeito; mudar radicalmente a maneira como a EJA é concebida e praticada; buscar novas metodologias, considerando os interesses dos jovens e adultos; pensar novas formas de EJA articuladas com o mundo do trabalho; investir seriamente na formação de educadores; e renovar o currículo – interdisciplinar e transversal, entre outras ações, de forma que esta passe a constituir um direito, e não um favor prestado em função da disposição dos governos, da sociedade ou dos empresários.
REFERÊNCIAS
_______. Congresso Nacional. Constituição Federal de 1988.
_______. Congresso Nacional. Lei Federal nº 9.394. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 20 de dezembro de 1996.
LOPES, Eliana Marta. 500 anos de educação no Brasil. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
STEPHANOU, M; BASTOS, M.H.C. História e Memórias da Educação no Brasil - Século XX. Petrópolis, Vozes, 2005.
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A Educação De Jovens E Adultos No Brasil publicado 7/02/2008 por Ivonete Sacramento em http://www.webartigos.com