sexta-feira, 15 de julho de 2011

RESENHA DO TEXTO POR QUE ARTE-EDUCAÇÃO? JOAO FRANCISCO DUARTE JÚNIOR. LEIAM MUITO BOM!

POR QUE ARTE-EDUCAÇÃO?

JOAO FRANCISCO DUARTE JÚNIOR.



O Capítulo 2: Adestramento e Aprendizagem, o Capitulo 3: A Educação, num Contexto Cultural e o Capítulo 6: Fundamentos da Arte-Educação do livro de João-Francisco Duarte Júnior. Por que Arte-Educação? 15ª Edição. Editora Papirus: SP, 1991. João Francisco Duarte Júnior, Doutorado em Filosofia da Educação, Mestrado em Psicologia Educacional e Graduação em Psicologia.
Os Capítulos 1, 3 e 6 do livro, ou texto 1, usa como ponto de partida informações em relação a experimentos com ratos para poder definir diferenças entre o adestramento e a aprendizagem.
O adestramento está ligado ao comportamento animal, quer dizer que o animal aprende ou adquire até mesmo um novo comportamento por questão de sobrevivência. Adaptar-se a seu ou a um novo ambiente pode fazer com que eles desenvolvam algumas habilidades que os ajudem a sobreviver.
Em relação aos seres humanos esse modelo de aprendizagem pode não ser integralmente aplicado, pois, estamos em uma dimensão biológica qualitativamente diferente, uma vez que o mundo vai muito além daquilo que está acessível aos nossos sentidos através da sua consciência, produto de sua capacidade simbólica, produto de sua palavra. Pensar dessa forma nos remete a diferençar o homem e o animal através da consciência reflexiva simbólica.
Merleau-Ponty fala no texto sobre o comportamento humano como um comportamento simbólico. Enquanto o animal reage aos estímulos físicos de seu meio, o homem age conforme o significado que ele imprime à realidade. E a linguagem é o meio pelo qual estruturamos e fundamentamos nossa existência na Terra. É através das palavras que a vida humana comporta um sentido, sendo através dela que tudo no mundo possui um sentido, um valor, significados.
O psicólogo Gendlin afirma que toda significação tem dois componentes: as experiências e os símbolos. Quer dizer que, procuramos nomear, conceituar ou explicitar simbolicamente nossas experiências e até mesmo compará-las.
A aprendizagem humana permite abstrair das nossas experiências, o seu significado para enfrentar novas situações baseadas em experiências passadas, por esse motivo o seu papel de aprendizagem se dá por dois fatores: as vivências (o que é sentido) e as simbolizações (o que é pensado).
A linguagem é utilizada pelo homem como instrumento básico de ordenação, significação, fenômeno essencialmente social.
A criança é socializada quando adquire uma linguagem de acordo com o processo educacional primário chamado de socialização determinada com a personalidade cultural em que está inserida.
O processo educacional evolui desde a transmissão direta do saber, entre os primitivos, até a criação das escolas, entre os civilizados. O processo civilizatório com profundas e radicais transformações na sociedade implicou e implica consigo divisões fundamentalmente econômicas e conseqüentemente também uma divisão social do saber de forma é claro desigual. O conhecimento transmitido através da escola, de acordo com o texto, é desvinculado da vida concreta dos alunos, de situações vividas por eles e de separações entre as emoções e as experiências da razão e do pensamento.
A personalidade humana, em destaque a sociedade moderna estão fundamentadas entre o sentir e o pensar, entre a razão e as emoções.
           A civilização ocidental toma como base três indicações:
·         A primazia da razão – A razão tem o poder de solucionar qualquer problema proposto pela ciência.
·         A primazia do trabalho – Deve-se trabalhar incessantemente para a produção de bens.
·         A natureza infinita – Acredita-se que a natureza no qual são retiradas as matérias-primas é inesgotável.
             O texto indaga a falta de vínculo da razão com elementos lúdicos mais envolvidos com os sentidos, com as emoções, em relação ao conhecimento e a educação. A partir desse momento o autor faz-nos pensar no que ele propõe e chama de arte-educação.
            A arte é a forma no qual podemos expressar nossos sentimentos e também um meio de desenvolvimento a outros processos racionais e á educação.
            A arte-educação tem como pretensão no processo de formação do homem, destacar a arte como veiculo educacional fundamentalmente para dar sentido à vida. Sua finalidade está muito além de uma simples apreciação, mas sim, no valor e na relação que se da entre a razão e a emoção, no que sentimos e no que percebemos.
Sobretudo como menciona Junior (1991, p. 77) a arte mantém acesa a imaginação e a utopia – um projeto de futuro.

   AUTORA DA RESENHA: PATRÍCIA ARIANE S. LIMA. 

REFERÊNCIA:

·         JUNIOR, João Francisco Duarte. Por que arte-educação? 15ª Edição. Papirus Editora. Coleção Ágere. São Paulo, 1991.

                                                                                                            

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